Uma Homenagem à mulher de 40 mais bonita que já conheci

Uma Homenagem à mulher de 40 mais bonita que já conheci
Uma grande mulher

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Inspiração.

O momento em que mais fico inspirada é no ônibus . Não sei se é o barulho do motor constante, ou se são as vozes que ouço, um burburinho uníssono que , as vezes deixa escapar uma frase, fragmentos de histórias tão diferentes.
Pode ser que a inspiração venha da paisagem que passa correndo por meu ângulo de visão, fragmentos de pequenos cenários misturando-se. São fleshes de cenas, de frases que juntas ou separadas constrõem infinitos textos.
Mas o danado do monstrinho, aquele que está sempre à espreita aguardando a oportunidade para pregar seus sustos, fica me apontando situações que podem virar histórias para todos os lados.

Minha cabeça parece que vai explodir, são sentimentos que vão se demonstrando a medida que os enredos começam a surgir. São sentimentos de raiva que vão se transformando em lágrimas e logo adiante em angústia e assim por diante. Muitas ocasiões fico envergonhada quando começo a rir do nada, pensando no que aquele simples sorriso de um anônimo poderia significar.
São vários monstrinhos fazendo isso ao mesmo tempo, dentro de uma só cabeça.
Agora que estou criando a coragem para escrever, estou menos ansiosa, mas ainda muito confusa.

Como colocar tantos pensamentos em ordem escrita, em frases bem explicadas e com começo, meio e fim.? Na minha cabeça posso mudar o texto a todo momento, repetinho a cena, mudando a ordem, mudando uma fala ou um cenário. Fico muito tempo (conforme o percurso que faço no ônibus) elaborando e reordenando a história. Um exercício delicioso para mim. Me dá prazer rever a história e perceber que cada modificação pode se transformar em uma história nova.
Estou adorando este exercício e as histórias estão multiplicam-se rapidamente.
Afinal é tempo de começar!
Anette

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O que acontece depois dos 40.

Quando estava com 39 e já enxergava os 40 na próxima curva , resolvi sair atrás do prejuízo. Não poderia jamais entrar os 40 com aquele peso, aquela flacidez querendo chegar e a auto estima pulando precipício abaixo.
Começei a caminhar todos os dias, fazer exercícios localizados e em pouco tempo estava correndo vários quilômetros. A pele estava linda, sem um sinalzinho (mérito de minha dermatologista). Aquilo que todas as revistas femininas aconselhavam, eu também estava fazendo. Nada de novo até agora.
Mas aos poucos me sentia , por incrível que pareça, orgulhosa da idade e da disposição. Tudo estava no lugar, estava vencendo a força da gravidade e com a idéia fixa de passar os 40 maravilhosa!
Meu aniversário foi lindo, e todos diziam que eu não aparentava a idade que estava comemorando. Nossa! quantos elogios!
Mas fui ficando incomodada, pois o que queria ERA aparentar os 40. Queria que todos soubessem que estava fazendo 40 anos e que estava feliz por isso. Não queria aparentar nada de diferente.
Fui ficando chateada, pois nenhum elogio aos meus 40, somente aos meus não-aparente 40 anos. Por quê?
Que valorização da juventude pré 40! Tudo muito durinho, nada de gordurinhas pulando felizes, nada de grandes rótulos pejorativos, mas e a visão turva do mundo e das pessoas? Para falar bem a verdade : turva e circular, já que apenas o que está em volta e se direciona para o próprio bumbum tem valor. E aquela revolta sem sentido? os tremores ao pensar em passar um mico na frente de alguem? as crises de insegurança? Sei lá. A minha cabeça era ruim, cheia de bobagens ocupando espaço e queimando neurônios à toa.
Não trocaria, ah! não mesmo. Não me importo com os clichês :a idade da loba, panela velha é que faz comida boa, fogão à lenha e fogão à gas e quantas outras mais.
A maturidade de hoje não troco barato, e nem caro também, simplesmente não troco. Gosto de ser quarentona, de ser madura, de ser tranquila.
Gosto de pensar que posso fazer tudo que quero mas com a visão clara, ensolarada, dia limpo. Tudo que vejo é o que realmente está acontecendo. Entendo os códigos, os jogos de palavras, os olhares. Sei onde estou e para onde quero ir.
Ter mais de 40 anos é saber quem sou ( pelo menos até aqui). É ter respondido muitas das perguntas que fazia quando tinha 20 ou até mesmo 30. É ter outras novas perguntas sobre o depois, mas sem aquele medo, aquele horror(pois o horror foram os 39, o pré 40).
De agora em diante não tem mais tanto susto.
É só aproveitar.
Vá em frente, com a cabeça erguida, peito firme e de mãos dadas com sua dermatologista, pois de agora em diante ela será sua melhor amiga e confidente.
Beijos.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Por quê me sinto uma Elefanta?







Elefantes são animais grandes e demonstram carinho em tudo que fazem.
Sinto afinidade por eles , aprecio sua estrutura social e penso em minha vida,minhas atitudes.

Os elefantes são os maiores animais terrestres da atualidade pesando até 12 toneladas e medindo em média quatro metros de altura. Os Homens são os que possuem enteligência diferenciada, podendo com isto transformar o mundo em um lugar melhor , porém não é o que acontece .

A caça de elefantes, causada principalmente pelo seu marfim, já tem consequências em nível evolutivo , pois como o objetivo primordial dos caçadores eram as presas, os animais que não as tinham, graças a uma mutação genética, foram favorecidos.
Hoje, felizmente é ilegal em todos os países africanos .

Os estudos da inteligência em elefantes têm demonstrado que tais animais são dotados de um aparato cognitivo capaz de lhes propiciar diversas ações que podem ser compreendidas como sinais de inteligência, colocando-os entre os mais inteligentes do reino animal. São muito fofos!


Eles são capazes, por exemplo, de reconhecer suas próprias imagens num espelho, ou mesmo serem capazes de efetuar somas.

A sociedade dos elefantes depende das matriarcas, detentoras de uma sabedoria acumulada por várias gerações, que equivalem a alguns séculos. ´

Nós mulheres, acabamos sempre as matriarcais da família, através de uma sabedoria adquirida ao longo do tempo.

As experiências adquiridas , se transformam em reflexões, que são arquivadas como lições de vida.
Tudo isso acontece depois dos 40. É claro!
Vocês já repararam como temos mémória de Elefanta?

Elas podem viver até 64 anos e têm na memória os caminhos de migração em busca de água e pastos verdes. Quando morrem prematuramente, nas mãos dos caçadores de marfim, suas manadas vagam, perdidas.

Na vida dos elefantes não há pressa, mas o tempo é um bem precioso. A gestação de um filhote demora 22 meses; levam seis meses para usar a tromba e até 10 anos para dominá-la; andam devagar, mas dormem apenas de três a quatro horas por noite. O ritmo lento da marcha permite que indivíduos feridos ou enfraquecidos acompanhem a manada, aumentando suas chances de sobrevivência.
Mesmo os elefantes mais velhos, que ficam com a pele mais fina e só podem comer grama fresca – pois com o tempo seus molares enfraquecem e caem – ainda são valiosos.
Além de conhecerem o caminho para as nascentes de água, farejam a chuva a 24 quilômetros de distância e identificam as plantas que podem ser comidas. Por isso, quando morrem, são reverenciados pelos outros, que, em silêncio, permanecem ao lado de seu corpo por horas, até dias.
Os seres humanos podem viver até 100 anos, mais ou menos, mas com a vantagem de não terem tantas rugas como os elefantes e os molares podem ser trocados por outros novinhos.
Apesar das renovações , nossos idosos ainda são negligenciados, desvalorizados por serem velhos e por estarem desatualizados nas últimas novidades em celulares, ou TVs de LCD ou então, em se falando de tecnologia em computadores, a situação fica mais crítica ainda para eles.

O que realmente tem valor como conhecimento? Tecnologia?Novas correntes de teorias da ciência, humanas, biomédicas? ou valores adquiridos?
Bem diferente da sorte dos humanos, que vão sendo abandonados pela sociedade e pelos parentes à medida que se tornam idosos. Acabam sozinhos, em asilos, sobrevivendo de pensões humilhantes, como um peso morto para o sistema de previdência e mesmo para seus filhos e netos, que ignoram sua experiência e nunca mais os consultam sobre a escolha dos caminhos.

Este texto foi retalhado da fonte Wikipédia. As parte em laranja são minhas opiniões pessoais.




A coragem enfim.


Quando li Heloisa Seixas, apresentada por uma amiga querida, meus olhos pularam neste trecho da leitura[1] e o alarme tocou. Fiquei pensando nisto por muito tempo e passei a entender o que acontecia comigo.
Sempre viveram fantasminhas dentro de mim, contando histórias ou indicando alguma fato do mundo real para que eu os observasse.
Se eu estivesse num ônibus, ouvia conversas ao redor. Fragmentos de histórias, que me levavam a outras possíveis histórias e assim uma bola crescendo e criando uma grande outra história de fragmentos de histórias, que poderia levar a outro gancho de uma quarta história que poderia desviar para uma outra pergunta e bah! que angústia aquela confusão gritando comigo dentro da minha cabeça, berrando e dizendo, quantos fragmentos e mais subfragmentos existem que poderiam virar histórias. Ufa!
As vezes, percebia que meu rosto estava tenso e com ares de briga, respondendo a um pensamento, ou então triste, pela cena que via rapidamente passando , naqueles breves momentos do ônibus parado no sinal vermelho.
Entender o mundo, ou pelo menos vê-lo sob minha ótica e escrever sobre tudo isto, me fará mais leve.
Mesmo que fiquem perguntas sem resposta, ou que minhas preocupações sigam outras pessoas preocupadas como eu, a palavra estará dita.

[1]Trexo do livro O Lugar Escuro, Uma História de Senilidade e Loucura

"...Desde de comecei a escrever, já com quase 40 anos, as pessoas me perguntavam se não foi preciso coragem. Ao contrário, o que me moveu foi o medo. Medo de morrer, medo de enlouquecer. Tinha dentro de mim, uma tal quantidade de tramas, personagens e diálogos acumulados, que eles começavam a me asfixiar. Aquele mundo de histórias, que eu me contava desde criança, tornara-se tão denso, tão compacto, que eu tinha certeza de que estava a ponto de se solidificar e me matar, como um câncer. Ou de inchar e se expandir e de repente explodir, me desfazendo em pedaços. Então, cortei a carne e deixei correr a estranha seiva, feita de uma matéria que eu não compreendia.
Saiu em jatos, a princípio, e depois com mais mansidão, mas sempre trazendo comigo substâncias abissais, que tenho dificuldade em reconhecer parte de mim."

"... sem dúvida escrever é um pouco sonhar-ou enlouquecer."

Trechos do livro : O Lugar Escuro , uma história de senilidade e loucura.
Autora:Heloisa Seixas.Editora Objetiva.2007

domingo, 7 de junho de 2009

escrevo o que sai da cuca


Preciso escrever. Exalar meus pensamentos , meus achos e não achos para que eles possam existir. Enquanto estiverem inoculando, não serão pensamentos, serão projetos de pensamentos.


Resolvi ter coragem e começar agora, com erros, sem atualização ortográfica e pronto.

Seguidor : O que sai da sua cabeça?